quinta-feira, 20 de setembro de 2007

O nu com embasamento social

O nu, até mesmo por questões instintivo-biológicas, quase sempre nos leva a uma associação com o ato sexual.
Entretanto, vários foram os fatores históricos que contribuíram para a, vamos assim dizer, restrição de sua publicidade (latu sensu), tais como: tentativa de controle do crescimento populacional desenfreado, fortalecimento do instituto da família como núcleo social, DST's, dentre outros.
Para boa parte da população, portanto, sexo passou a ser tabú e, conseqüentemente, algo que desperta a atenção.
Nada melhor, então, para ser utilizado na publicidade (agora, strictu sensu), principalmente de produtos sem atrativos intrínsecos ou de pouca importância individual e social,(tais como bebidas alcoólicas, produtos de beleza, artigos de luxo etc....).
Assim, procura-se caracterizar tais produtos como fomentadores do ato sexual. Entretanto, em sua grande maioria, não passa de um sofisma.
Apenas a título de exemplo:
O consumo de determinada bebida alcoólica possivelmente fomentará o desejo sexual, mas certamente prejudicará o desempenho em si.
O uso de determinado cosmético possivelmente fomentará a beleza de um dos parceiros, mas tal embelezamento não passará de mera ilusão.
A propriedade de determinado bem de luxo pode gerar interesse em um parceiro, mas tal interesse não tem como foco o sujeito em si, mas sim o objeto.
Assim, associar o nu a qualquer produto comercial, não passa de mera tentativa de engodo, ainda que muitas vezes com êxito.
Apenas seu uso em campanhas publicitárias relacionadas às questões biológicas em si, principalmente voltadas para a cura de doenças, seria justificável.


Petrus Naves

3 comentários:

Anônimo disse...

Acho que a publicidade brasileira é bastante criativa... não precisa explorar o corpo/sexo/nudez para vender mais ou atrair os consumidores.
Hoje em dia podemos observar a exploração do corpo até em anúncios de sapatos... virou moda... podemos reparar as mulheres de biquini ou de vestidos curtíssimos. Poderiam explorar mais a qualidade e benefícios dos produtos em si. Certamente, venderiam também. Basta usar a criatividade!

Rodrigo de Araujo disse...

Muito interessante.

Vou falar o que acho sobre um escultor no intento de fazer um paralelo com a Publicidade.

Artistas como Camille Claudel por exemplo ou Rodin, conseguiram exprimir em suas obras as mais belas expressões naturais dos corpos humanos, sem precisarem utilizar uma palavra sequer.

Suas obras falam por si próprias.

Se um artesão conseguia este tipo de resultado em uma rocha de mármore sem uso de nenhum equipamento elétrico, como os publicitários não podem criar peças absolutamente artísticas, já que dispõe de tão avançados recursos tecnológicos?

É claro que podem e devem fazer isto para tornar os anúncios menos enfadonhos, pois tudo que é exagerado e super-exposto torna-se banal e enjoativo. Sem falar nas questões éticas e morais.

Anônimo disse...

O Nu na publicidade deve ser mostrado no formato mais de sensualidade ex; comercial de creme claro que é muito mais agradavél mostrar o creme sendo passado em uma pele de uma mulher maravilhosa do que mostrar simplesmente o frasco do creme com sua marca.
Podemos sim usar o Nu na nossa publicidade ,mas nos criativos devemos saber usar , usar isso com respeito a Nudez que já vem de Adão e Eva ...