terça-feira, 9 de outubro de 2007

A Propaganda e os valores humanos

Estamos enfrentando uma guerra visual entre o pudor e o promíscuo. O valor do nu artístico já não é tão válido na Publicidade brasileira.

As propagandas tem sido apelativas, explorando a imagem de corpos nus ou semi nus. Para quê existe a necessidade de colocar dois corpos sob um lençol, sugerindo uma cena de sexo entre determinado casal para evidenciar tal marca?

Por quê não colocar uma foto tri-dimensional da fibra utilizada na constituição desse lençol ou algo que demonstre a característica verdadeira do produto, tal como tecnologia, durabilidade, entre outros?

Existe um estímulo sensorial exacerbado nas propagandas. Tomando como exemplo diversas campanhas realizadas na Ásia, especificamente na Índia, onde existe um mito de ser este país extremamente conservador e machista, onde nós os ocidentais acreditamos que a mulher não é valorizada e respeitada, prova-se que isto é um grande equívoco. Simplesmente pelo fato da imagem do corpo feminino não ser explorada como no ocidente, principalmente no Brasil, onde vivemos uma espécie de carnaval 365 dias ao ano.

Na india, o corpo feminino merece valor e respeito. As crianças indianas são tratadas como crianças. Aqui no Brasil, as crianças são desde cedo atacadas por um bombardeio de informações e de exigêncais completamente descabidas às suas faixas etárias.

As meninas brasileiras devem se vestir como mulheres maduras e os produtos para estas meninas são oferecidos muitas vezes por adultos. A Sandalinha da Eliane por exemplo, é vendida por ela prórpia, mulher feita, casada e não por crianças. Isto não estimula o lado infantil, lúdico e é possível que cause uma série de problemas ortopédicos (crianças não devem usar salto).

David Olgivy, um dos maiores Publicitários do mundo disse em seu livro "Confissões de um Publicitário" que um profissional da área jamais deve anunciar um produto ou serviço que não gosta ou acredita de coração.

Onde está a ética por parte dos fabricantes e por parte da empresas publicitárias
que oferecem produtos desapropriados e ou desapropriadamente ao público alvo?
Deixando de lado os produtos, que não são o cerne da questão, fica aqui para discussão este contraste cultural entre América Latina tão caliente e o mundo asiático, sempre mais conservador e espiritualista.

Um comentário:

amps (andré guimarães) disse...

A publicidade tem que atingir seu publico de uma forma a fazer ele IDENTIFICAR com o produto. Se para isso foi necessário supor uma cena de sexo, que seja. Afinal, o ser humano é movido por esse desejo, por fazer parte das necessidade basicas do homem, portanto, é de fácil identificacao com qualquer individuo que esteja exposto aquela informacao.

Agora, se crianças devem ver ou nao, isso é uma questão de censura, e identificar quem é ao certo o seu publico e achar uma forma de apelar a ele.